Em 17 de fevereiro de 2015, completaram-se quinze anos da morte do cantor Márcio França (1947-2000). Em Uberlândia (MG), diversos amigos e parentes lembraram da trajetória do músico que vendeu dezenas de milhares de LP's, nas décadas de 70 e 80. França nasceu em Capinópolis (MG) e chegou a morar em Ituiutaba (MG), São Paulo (SP) e cidades do Nordeste brasileiro, até se radicar em Uberlândia, a partir de 1982. O cantor deixou esposa e três filhas, sendo que uma delas adotou o codinome Marcinha França, para seguir os passos do pai no universo sertanejo.
E foi a música sertaneja que catapultou a carreira de França, que gravou dezoito álbuns, durante trinta anos de carreira. Para Marcinha França, que mora em Uberlândia com a mãe, Dalva França, a presença do pai nos programas comandados pelos apresentadores Chacrinha e Bolinha, nas emissoras Tupi e Bandeirantes, foram fundamentais para a carreira. A partir da participação no quadro “Quem é o cantor mascarado?”, da “Discoteca do Chacrinha”, o sertanejo foi inserido no rol de cantores idolatrados pelo público brasileiro, em meados dos anos 70, como Roberto Carlos, Jerry Adriani, Ronnie Von, Agnaldo Timóteo e Odair José.
Marcinha França rechaça a alcunha de cantor brega para o pai. Segundo ela, Márcio França foi precursor do sertanejo romântico, com as canções “Ciumenta”, “Solidão”, “Camisola Preta”, “Pobre de Mim”, “Virgem Morena (Nossa Senhora Aparecida)” e “Tudo Vai Ser Diferente”. “Meu pai era um cara super alto-astral e batalhador. Ele trabalhou muito enquanto morávamos em São Paulo e, depois, quando a gravadora o enviou para sedimentar a carreira no Nordeste. As canções que ele deixou se tornaram referências para o sertanejo romântico e artistas que viraram amigos da nossa família, como Sérgio Reis, Daniel e as duplas Di Paulo & Paulino e Teodoro & Sampaio”, afirma Marcinha.
Assim como Márcio França, o compositor Ronaldo Adriano também nasceu em Capinópolis (MG). Hoje uberlandino, Adriano lembra que foi parceiro musical mais longo do sertanejo. “Com exceção de dois discos que o Márcio gravou na gravadora WEA, trabalhei com ele em todos os outros, da década de 1970 até os últimos anos dele”, afirma Adriano. Para Adriano, o cantor sertanejo foi “mais do que um irmão”. “Ele era muito batalhador e comunicativo. Fez sucesso, especialmente, no Nordeste, era bom trabalhar com ele. Era a pessoa mais próxima que eu tinha. Éramos muito amigos e nos socorríamos nos momentos difíceis. A saudade é grande”, diz o compositor.
(Fonte: Correio de Uberlândia - adaptada.)
Faixas:
01 Tudo Vai Ser Diferente
02 Amanhã, Terei Alguém
03 Casa Fechada
04 Saudade De Você
05 Não Tenho Tempo
06 Mais Uma Maria
07 Pobre De Mim
08 Ciumenta
09 Pranto Do Adeus
10 Se Não Me Queres
11 Vivendo Longe De Mim
12 Onde Está, Felicidade?
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